No último ano, os Estados Unidos têm enfrentado uma crescente onda de proibição e censura de livros. Em 2022, mais de 2.500 títulos únicos foram objeto de desafios à sua presença em bibliotecas, o maior número desde que os dados começaram a ser coletados há mais de duas décadas pela Associação de Bibliotecas dos Estados Unidos (ALA).
A maioria dos livros desafiados é destinada ao público jovem e aborda temas relacionados à raça, gênero e sexualidade, como “Gender Queer” de Maia Kobabe, “All Boys Aren’t Blue” de George M Johnson, “The Bluest Eye” de Toni Morrison e “Lawn Boy” de Jonathan Evison. Muitos veem essa atitude como um precedente perigoso para a censura literária, já que muitos dos livros criticados retratam personagens LGBTQ+ ou pessoas negras – comunidades que buscam ter acesso às suas próprias histórias.
A presidente da ALA, Lessa Kanani’opua Pelayo-Lozada, afirma que tentar banir livros é uma forma velada de silenciar autores que tiveram a coragem de contar suas histórias. Ela ressalta que é papel do bibliotecário garantir o acesso aos livros e autores, independentemente se eles refletem a experiência do leitor ou lançam luz sobre outras perspectivas.
Embora alguns possam justificar esses banimentos como uma forma de manter certa moralidade ou visão do mundo considerada adequada, há um esforço crescente para banir certas obras movido por uma minoria vocal que exige a censura.
Como resultado, novas leis estaduais foram criadas para censurar ideias e materiais em escolas públicas, o que afeta cerca de quatro milhões de crianças e jovens em 32 estados.
É importante lembrar que a liberdade de expressão e escolha são direitos garantidos aos americanos, mas é tudo menos justo que uma minoria possa privar outra do acesso a informações ou histórias por considerações subjetivas.
Diante disso, a sociedade se questiona: por que proibir livros infantis que abordam questões importantes e necessárias para o desenvolvimento das crianças e jovens?
Notícia |
---|
No último ano, houve um aumento sem precedentes na proibição e censura de livros nos Estados Unidos. Em 2022, mais de 2.500 títulos únicos foram objeto de desafios à sua presença em bibliotecas, o maior número desde que os dados começaram a ser coletados há mais de duas décadas pela Associação de Bibliotecas dos Estados Unidos (ALA). |
As tentativas de banimento têm como foco obras destinadas a jovens que abordam temas relacionados à raça, gênero e sexualidade, como é o caso de “Gender Queer” de Maia Kobabe, “All Boys Aren’t Blue” de George M Johnson, “The Bluest Eye” de Toni Morrison e “Lawn Boy” de Jonathan Evison. |
Novas leis estaduais foram criadas para censurar ideias e materiais em escolas públicas, o que afeta cerca de quatro milhões de crianças e jovens em 32 estados. |
Descoberta nova espécie de borboleta na Amazônia
Com informações do site G1