Livros em áudio: uma nova forma de leitura
O mercado de livros em áudio tem crescido consideravelmente nos últimos anos, e muitos leitores têm aderido a essa nova forma de leitura. Recentemente, testei o aplicativo do Storytel e percebi que o formato é especialmente efetivo para obras de não ficção, como biografias e reportagens, que soam como podcasts narrativos. Até mesmo obras clássicas, como “A Metamorfose”, de Franz Kafka, podem ser apreciadas em formato audiolivro.
No entanto, quando se trata de literatura ficcional, tenho minhas ressalvas. Acredito que é importante ter o primeiro contato com o romance ou conto impresso, preferencialmente com um lápis na mão, para criar uma intimidade maior com o texto. Como disse o escritor Jorge Luis Borges, que sofria de forte deficiência visual: “recomendo que sejam lidos em voz alta, por alguém que saiba ler bem”.
Experiência do escritor Cristhiano Aguiar
O escritor Cristhiano Aguiar compartilhou com seus leitores, por meio da newsletter Linguagem Guilhotina, sua experiência em transformar seu livro mais recente em áudio. Durante esse processo criativo, ele fez algumas alterações pontuais para melhorar a fluidez da obra no formato audiolivro. Para Cristhiano, o objetivo principal era narrar a história e não interpretar seu próprio trabalho literário.
Acessibilidade e uso de dispositivos de voz
A leitura em áudio também é uma forma de tornar a literatura mais acessível a pessoas com deficiência visual. Em um debate sobre acessibilidade na Casa Alexa da Amazon, a escritora Sara Bentes, que é deficiente visual, compartilhou que prefere os audiolivros para releituras, mas para o primeiro contato com a história, utiliza dispositivos como a Alexa cuja voz robótica sem emoção facilita ao leitor interpretar a história da forma que preferir.
Conclusão
Apesar de algumas ressalvas com esse formato de leitura, percebo que as tecnologias têm trazido nuances interessantes para essa forma de arte. O importante é experimentar e encontrar a forma de leitura que mais se adapta às nossas necessidades e preferências.
Notícia: | Recentemente adquiri o aplicativo do Storytel, um serviço de assinatura de livros em formato de áudio. A ideia era explorar este modelo que tem crescido muito no mercado. |
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Formato de leitura: | Áudio |
Indicação de uso: | Mais efetivo em obras de não ficção, como biografias e reportagens, que soam como podcasts narrativos. Para literatura ficcional, é importante ter o primeiro contato com o romance ou conto impresso, preferencialmente com um lápis na mão, para criar uma intimidade maior com o texto. |
Experiência de escritor: | Cristhiano Aguiar compartilhou com seus leitores por meio da newsletter Linguagem Guilhotina sua experiência em transformar seu livro mais recente em áudio. Durante esse processo criativo, ele fez algumas alterações pontuais para melhorar a fluidez da obra no formato audiolivro. |
Objetivo da narração: | Narrar a história e não interpretar o próprio trabalho literário. |
Acessibilidade: | Para releituras, a deficiente visual e escritora Sara Bentes prefere os audiolivros, mas para o primeiro contato com a história, utiliza dispositivos como a Alexa cuja voz robótica sem emoção facilita ao leitor interpretar a história da forma que preferir. |
Conclusão: | Apesar de algumas ressalvas com esse formato de leitura, percebe-se que as tecnologias têm trazido nuances interessantes para essa forma de arte. |
Com informações do site UOL.