Animalidades: livro discute empatia e crueldade na literatura animal.

Pesquisadora da Unicamp lança estudo sobre representação dos animais na literatura

A pesquisadora Maria Esther Maciel, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), divulgou um novo estudo sobre a representação dos animais na literatura. O livro intitulado Animalidades: zooliteratura e os limites do humano examina como os seres vivos foram retratados em diferentes períodos históricos, desde a fase medieval demonizada até a fase racionalista, em que o animal foi visto como uma máquina.

A pesquisa utilizou diversas fontes para delinear as características mais importantes de cada época. Além disso, a obra discute o relacionamento entre animais e humanos em livros da literatura ocidental. Autores como Machado de Assis e Clarice Lispector são analisados, e há um capítulo dedicado ao luto vivenciado pelos donos de animais domésticos e à maneira como a sociedade encara esse momento doloroso. O livro também inclui uma análise sobre a obra Desonra, de John Coetzee, que lida com a forma arrogante que os humanos determinam a vida ou morte dos animais.

Mudança na visão sobre os animais na literatura

Desde Franz Kafka, é possível observar uma mudança na visão sobre os animais na literatura. Em seu livro A Metamorfose, o autor misturou as fronteiras entre humano e não-humano através do personagem Pedro Vermelho. Desde Darwin, as origens animais do ser humano passaram a ser reconhecidas, o que fez com que a visão dos animais na literatura ganhasse sua própria dimensão.

O livro Animalidades está disponível nas livrarias e no site da editora Instante. Recomendado para quem deseja adquirir um conhecimento mais profundo sobre como os seres vivos foram representados na literatura ao longo do tempo. Ele traz várias reflexões para questionarmos como estamos tratando os animais na contemporaneidade.

Com informações do site Estadão.