O Exército dos Estados Unidos (US Army) está buscando ajuda da inteligência artificial (IA) para prever as ações de seus inimigos minutos ou até mesmo horas antes que eles as executem.
Em um projeto intitulado “Previsão de Ameaças em Tempo Real”, o Exército está solicitando a contribuição da indústria para desenvolver um sistema capaz de analisar grandes quantidades de dados e atualizar continuamente as previsões conforme as táticas adversárias mudem.
O objetivo do projeto é superar a capacidade humana de absorção de informações e acompanhar a complexidade da guerra moderna. Com a presença cada vez maior de tecnologias como robótica, sistemas autônomos e armamentos inteligentes, o Exército prevê um campo de batalha hiperativo, onde as táticas do inimigo estão em constante evolução.
Diante desse cenário, é essencial que as forças armadas se adaptem continuamente para sobreviver. O Exército cita exemplos recentes, como a Guerra de Nagorno-Karabakh em 2020, onde os tanques e a artilharia da Armênia foram devastados por drones israelenses e turcos do Azerbaijão. Além disso, a guerra na Ucrânia tem testemunhado a evolução contínua da tecnologia e táticas de drones.
Para lidar com essa nova realidade, o Exército busca utilizar a IA para analisar informações provenientes de diversas fontes, como imagens capturadas por drones e dados coletados em todas as áreas – ar, terra, mar e espaço. Atualmente, os analistas não têm tempo e capacidade para examinar e analisar todas essas informações sem a ajuda da IA.
De acordo com um relatório do Royal United Services Institute, um think tank britânico especializado em assuntos de segurança e defesa, existe uma lacuna de capacidade para realizar tarefas críticas nas operações militares atuais. Nesse contexto, o Exército vê as tecnologias de jogos eletrônicos como fundamentais para o sistema de previsão. A ideia é utilizar técnicas de visualização 3D para exibir uma imagem contínua e atualizada das ameaças, além de simular como a situação inimiga poderia evoluir nos próximos minutos ou horas.
No entanto, para que o sistema seja viável, é necessário que ele possa ser executado em um laptop padrão e aproveite as tecnologias emergentes de IA e aprendizado de máquina. O Exército está solicitando a contribuição da indústria para alcançar esse objetivo.
Com a ajuda da IA, o Exército dos Estados Unidos espera estar melhor preparado para enfrentar as complexidades da guerra moderna e antecipar as ações do inimigo. A busca por previsões em tempo real é uma resposta aos desafios apresentados pelo cenário atual, onde as táticas do inimigo estão em constante evolução e os analistas humanos enfrentam dificuldades para acompanhar essa complexidade.
Resumo da Notícia |
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No último relatório, o Exército dos Estados Unidos busca utilizar tecnologias emergentes de inteligência artificial e aprendizado de máquina para desenvolver um sistema de previsão contínua e em tempo real das ações inimigas. |
O objetivo é superar a capacidade humana de absorção de dados e atualizar continuamente as previsões conforme as táticas adversárias mudem. |
O projeto solicita a contribuição da indústria para alcançar esse resultado e prevê um campo de batalha hiperativo, com presença intensa de robótica, sistemas autônomos e armamentos inteligentes autônomos. |
O Exército destaca a necessidade de adaptação contínua diante do crescente nível de complexidade da guerra moderna e cita exemplos de conflitos recentes envolvendo drones e táticas em constante evolução. |
Os oficiais de inteligência estão sobrecarregados com informações provenientes de diversas fontes e não têm tempo e capacidade para analisar todas elas sem a ajuda da inteligência artificial. |
O Exército vê as tecnologias de jogos eletrônicos como fundamentais para o sistema de previsão, utilizando preferencialmente tecnologias e técnicas de visualização 3D para exibir os resultados e simular a evolução da situação inimiga. |
Com informações do site Business Insider.