Brasil enfrenta realidade preocupante no letramento da educação básica

O Brasil tem enfrentado nos últimos anos uma realidade preocupante relacionada ao letramento na educação básica. O letramento inclui habilidades de leitura, escrita e compreensão de textos, fundamentais para o desenvolvimento educacional dos estudantes e sua participação ativa na sociedade. Infelizmente, a falta de investimento em políticas públicas efetivas para a melhoria do letramento e o efeito da pandemia são alguns motivos que contribuem para essa situação.

Apesar da percepção popular de que as crianças e jovens estão lendo cada vez menos livros, pesquisas relatam um aumento no número de livros lidos por ano, especialmente entre os mais jovens. No entanto, estamos em um período de transição para uma cultura influenciada pelas mídias digitais, com um aumento no consumo de informações.

Esse excesso de informação não se traduz necessariamente em formação ou estímulo a melhores leitores.

Pesquisas indicam baixo desempenho em habilidades de análise e interpretação textual

Para avaliar corretamente como nossos pequenos leitores estão se saindo na capacidade de analisar e interpretar textos, são extremamente úteis pesquisas como o Pirls e o Pisa, que medem habilidades mais profundas além da quantidade de livros ou palavras consumidos.

Infelizmente, o cenário do Brasil é assustador nesses aspectos. A inclusão do letramento digital compulsório no sistema educacional é parte fundamental do sucesso em países como a Estônia.

Soluções possíveis para melhorar o letramento no Brasil

Existem algumas soluções possíveis para melhorar esse quadro, como a educação integral e a Sabedoria Digital. A Educação Integral foi identificada em pesquisa como uma excelente opção para diminuir a compulsão pelo uso de telas. Já a Sabedoria Digital é um conjunto de estratégias educacionais que levam a tecnologia aos alunos de maneira monitorada, progressiva e segura com o intuito de melhorar o letramento.

Tecnologia pode ser aliada ou inimiga do letramento

Como pesquisador e neuroeducador, acredito que a tecnologia pode ser uma aliada, mas também uma inimiga se não usada de forma adequada. Quando a criança não sabe lidar com o uso do celular e das telas, em vez de ser uma ferramenta em seu desenvolvimento, pode ser um catalisador de compulsões e até mesmo uma barreira para sua curiosidade.

Com informações do site Correio Braziliense.