Economista francês Thomas Piketty destaca a importância da literatura para compreender o mundo da economia em entrevista ao jornalista Lino Bocchini. Piketty, conhecido mundialmente pelo livro “O Capital do Século XXI”, não nega que a teoria pode ser útil, mas afirma que prefere objetos empíricos.
Piketty acredita que precisamos de impostos progressivos sobre a propriedade, serviços públicos de qualidade, infraestrutura, regras para o mercado do trabalho e sindicatos organizados para controlar as forças do mercado para que essas funcionem no interesse geral. O economista considera que as elites brasileiras erram ao rejeitar certas formas de redistribuição de renda e defende que é possível organizar a economia brasileira de modo a obter ao mesmo tempo mais igualdade e mais crescimento.
Thomas Piketty é professor e pesquisador na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais e na Escola de Economia de Paris, com formação na França e nos Estados Unidos. Seu livro “O Capital do Século XXI” vendeu mais de três milhões de exemplares em todo o mundo.
Podemos concluir que Piketty acredita no mercado, mas entende que precisamos de instituições públicas democráticas fortes para enquadrá-lo e controlar o capitalismo. A modéstia nem sempre é a primeira virtude de um economista, e é necessário adotarmos uma postura crítica em relação à economia para encontrarmos maneiras mais éticas e justas de promover o crescimento econômico.
Quem é Thomas Piketty? | Economista francês, professor e pesquisador na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais e na Escola de Economia de Paris, conhecido pelo livro “O Capital do Século XXI”. |
Qual a visão de Piketty sobre a literatura? | A literatura é um excelente instrumento para penetrar no mundo do dinheiro e nas relações que ele fixa entre as pessoas. Ela pode ser ainda mais penetrante do que as ciências sociais. |
Qual a opinião de Piketty sobre a redistribuição de renda? | Piketty acredita na necessidade de impostos progressivos sobre a propriedade, serviços públicos de qualidade, infraestrutura, regras para o mercado do trabalho e sindicatos organizados para controlar as forças do mercado para que essas funcionem no interesse geral. Ele defende que é possível organizar a economia brasileira de modo a obter ao mesmo tempo mais igualdade e mais crescimento. |
Qual a visão de Piketty sobre o mercado? | Piketty acredita no mercado, mas entende que precisamos de instituições públicas democráticas fortes para enquadrá-lo e controlar o capitalismo. |
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