O escritor Marçal Aquino realiza sessão de autógrafos em São Paulo para livro censurado por universidade
O livro “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”, do escritor Marçal Aquino, foi retirado da lista de leituras para o vestibular da Universidade de Rio Verde, em Goiás. A exclusão do livro foi proposta pelo deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO), que classificou a obra como “pornográfica”.
A editora responsável pela publicação do livro classificou a ação como censura e mobilizou uma campanha com a hashtag #censuranão para defender o autor e sua obra. Diversas instituições importantes, como a ABL (Academia Brasileira de Letras), Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo se posicionaram contra a censura e em defesa do autor.
Marçal Aquino se mostrou indignado com a decisão da universidade e afirmou que não se surpreende com a tentativa de censura vinda de um deputado conservador que não leu o livro e é mais conhecido por fake news do que pelo exercício da crítica literária. Além disso, questionou a validade da existência de uma comissão que seleciona os livros indicados ao vestibular se ela aceita essa tutela sem debate ou contestação.
A sessão de autógrafos desta quarta-feira (10), às 18h, na Livraria da Travessa, em São Paulo, é um dos eventos em que Marçal Aquino tem sido convidado para participar após o episódio da censura, o que mostra que a mobilização em defesa do autor e de sua obra gerou um impacto positivo. Ainda assim, a questão levanta dúvidas sobre a liberdade de expressão e sobre a influência de políticos em instituições educacionais.
Em tempos de polarização política, é importante mantermos o diálogo aberto para reconhecermos a importância da arte e da literatura na formação educacional e cultural da sociedade. Além disso, é necessário defendermos o direito dos autores à liberdade criativa e contra todas as formas de censura que limitam essa liberdade.
Notícia | O escritor Marçal Aquino tem obra retirada da lista de leituras para o vestibular da Universidade de Rio Verde, em Goiás |
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Motivo | Deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) classificou a obra como “pornográfica” |
Repercussão | Editora responsável pela publicação do livro mobilizou campanha com a hashtag #censuranão e diversas instituições importantes se posicionaram contra a censura |
Posição do autor | Marçal Aquino se mostrou indignado com a decisão da universidade e afirmou que não se surpreende com a tentativa de censura vinda de um deputado conservador que não leu o livro |
Evento | Sessão de autógrafos com Marçal Aquino na Livraria da Travessa, em São Paulo, nesta quarta-feira (10), às 18h |
Impacto | Mobilização em defesa do autor e de sua obra gerou impacto positivo, mas questão levanta dúvidas sobre a liberdade de expressão e sobre a influência de políticos em instituições educacionais |
Com informações do site publishnews.